quinta-feira, 21 de novembro de 2013


"A cultura, 
a civilização
elas que se danem
ou não! " - Gilberto Gil
 Pluralidade cultural e suas implicações.
SEJAM BEM-VINDOS!


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pluralismo Cultural no Brasil


Como relatava o poeta e diplomata mexicano Octavio Paz: “O que põe o mundo em movimento é a interação das diferenças, suas atrações e repulsões; a vida é pluralidade, morte é uniformidade”. Ele estava certo! A pluralidade é uma das maiores heranças que movem a vida! A diversidade cultural, religiosa, culinária é o que torna rico o ambiente em que vivemos! E toda essa heterogeneidade deve ser respeitada! Um grande exemplo desse misticismo é o Brasil, devido a todo seu processo de descoberta e colonização! E todas as divergentes culturas que por aqui passaram como indígenas, africanos, portugueses contribuíram significativamente para nosso processo de construção de identidade! Baseado nos pensamentos do filosofo e antropólogo Gilberto Freyre, um grande escritor que era adepto da importância das diferentes culturas e os reconhecimentos das mesmas era Jorge Amado, que transcreveu em muitas obras sua essa temática, como por exemplo, em Tenda dos Milagres! Já dizia ele: “Sou brasileiro puro-sangue [...] uma mistura de português, de negro, de índio, de italiano e, possivelmente, em medida igual, de alemão e de árabe”. Rompendo assim com velhos pensamentos preconceituosos e reducionistas e aclamando a participação de todos, no processo de formação do caráter nacional.


Origem dos Povos

A estrutura do povo brasileiro é longa e com muitos personagens, sabemos que o povo brasileiro é marcado pela questão da diversidade. Uma diversidade de cores, fisionomias, tradições e costumes que atestam a riqueza da população que habita essa região.


Ao falar dessa diversidade podemos citar os povos indígenas, que ocupam quase todas as regiões a do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte. A divergência dos povos indígenas é muita, há povos cujas culturas são adaptadas aos rios ou lagos, à pesca e outros, que vivem no Cerrado, na floresta, na Caatinga, no Pantanal. Os índios adequaram-se as suas culturas de acordo com o meio ambiente também pela habilidade de diversidade que todas as culturas têm de idealizar coisas novas.

Contudo, os índios têm uma origem bastante peculiar. Eles nos ensinam a respeitar a natureza, a cuidar dos nossos filhos e respeitarmos uns ao outros. Dar-nos uma lição de moral que devemos ser igualitários, a ser uma sociedade em que todos tenham as mesmas chances e atributos, deveres e gozos. A origem dos índios vem de berço, eles aprenderam a dormir em rede, a tomar banho três vezes por dia, quando faz calor, a comer mandioca, gostar de farinha, enfim tudo isso é um herança cultural trazida de pai para filho e é uma herança que influencia no seu “Ser”, na sua vida. Para finalizarmos o pensamento eles nos mostram que uma sociedade ela deve ser igualitária, em que as crianças têm de ser educadas, fortalecendo as suas personalidades e não as reprimindo.



Festas Populares

 
Ao observar a cerca das festas e manifestações populares no Brasil, constatamos que cada região tem sua forma de expressar sua cultura. Nosso país é repleto de festas que se tornaram tradição e identidade cultural, como o São João, Natal, Folclore, entre outros.
O carnaval, por exemplo, abrange dentro dessa festa várias formas de proporcionar diversão a sociedade pois podem ser comemoradas nas ruas, em blocos ou nos Sambódromos. Geralmente, ocorridas no Bahia, as festas nas ruas são aparentemente “do povo”, mas há a divisão para quem pode ficar no camarote, participar do bloco carnavalesco ou para quem vai ser um folião “pipoca”, já no Rio de Janeiro o carnaval dentro de sambódromos torna essa festa popular mais restrita.
Devemos respeitar todas as formas de manifestações populares independente da condição social, da região ou dos costumes daquele local, pois cada indivíduo procura se divertir da sua maneira,  no âmbito filosófico é possível perceber isso através de Aristóteles, que visava a felicidade humana através do exercício da cidadania, respeitar o próximo é “ser cidadão”.

Culinária Típica Brasileira


A culinária brasileira recebeu as mais diversas influências de povos que aqui vieram em épocas passadas. Essa diversidade está ligada a aspectos socioculturais de nossa história, misturando vários sabores com especiarias próprias de cada região e ingredientes europeus, indígenas e africanos.
A culinária indígena já existia antes da vinda desses povos para o território brasileiro, sendo modificada pelo escravos e portugueses, após o período de colonização. As adaptações eram feitas de acordo com os ingredientes que eram encontrados em cada localidade e também por temperos já trazidos por estes. Como exemplo disso temos a feijoada, um prato típico brasileiro.
Algumas regiões do Brasil sofreram fortes mudanças na culinária após a chegada de seus imigrantes, a região nordeste, por ter sido colonizada pelos escravos africanos, herdaram a azeite de dendê e o cuscuz, aderindo assim como pratos típicos moquecas, vatapá, canjica, pamonha, entre outros. Já na região Norte a forte influência era os índios agregado assim o, tucupi (caldo da mandioca cozida), tacacá (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de erva). No Centro-Oeste a contribuição veio dos bolivianos e paraguaios. O Sudeste além dos índios e escravos tem a influência culinária dos diversos imigrantes europeus e asiáticos. E por fim a Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos.
Como a culinária é uma manifestação cultural, e que criticar a culinária de um povo é criticar a sua cultura e consequentemente a cidadania do mesmo. Platão, Aristóteles e Sócrates pregavam o respeito pela cidadania. E segundo Aristóteles não existe felicidade fora da coletividade, o ser humano deve pensar e praticar em função do social. Assim, para exercer a cidadania nos exige comprometimento e responsabilidade, de forma livre e em prol do outro. Essa união de raças foi crucial para a cozinha tipicamente brasileira, desrespeitando essas típicas comidas brasileira, está desrespeitando também as suas origens.

Relações Interpessoais



Vivemos em um mundo onde ninguém é igual ao outro, seja na forma de falar, andar, pensar ou agir, somos cercados de costumes, crenças, caráter totalmente distintos um do outro, mas nem sempre sabemos como nos relacionar com as pessoas devido a essa diferença. Por exemplo, dentro de uma cidade nós temos inúmeros bairros que partilham de culturas muito diferenciadas, a começar pelo contexto econômico, ele é quem desencadeia outros fatores. As pessoas que vivem em bairros nobres usufruem de comidas, roupas, forma de lazer e até o estilo de música que ouvem, que são muitas vezes, desconhecido por pessoas de bairros periféricos, que por sua vez também tem seus costumes e hábitos.



O campo antropológico nos leva a observar que, no próprio ambiente de trabalho, as características pessoais se divergem, são muitas pessoas que mesmo em um só local, foram influenciadas por costumes formando-se nela uma cultura particular dela e que é preciso compreender para que haja o respeito mútuo.

Religião que une

A religião é uma das instituições humana mais antiga e contínua da história da cultura humana. Por ter uma ampla influência, estimula o que há de melhor e pior no ser humano. A sociedade brasileira é hoje fortemente marcada pelo pluralismo religioso. Este pluralismo, que se acentuou muito nos últimos anos, se baseia em aspectos como a perda do poder católico como religião oficial e obrigatória desde o período colonial, o que não quer dizer que a igreja católica tenha deixado de ser a grande maioria nas sociedades e o surgimento de um pluralismo religioso que se desenvolve no interior mesmo do campo evangélico-protestante, o qual é o difícil de caracterizar devido a sua diversidade interna, e a seu impressionante dinamismo.
Todos nós vivemos de crença em algo. De fé! Mesmo que seja a crença no nada. Filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles defendiam a ideia da cidadania e da liberdade de expressão religiosa. O Homem precisa crer em algo, precisa criar objetivos, ter esperança. As diversas pressões que sofrem no dia a dia, exigem de nós a crença no algo maior. Afinal, qual o sentido da vida?

A religião só traz o bem para vida do homem, pois gera a fé do fiel, o amor ao próximo, promove ações sócias nas quais evangélicos, espíritas e católicos ajudam e apoiam pessoas carentes, e que não têm mais fé e mostra que existe esperança ou um "sentido" para viver. 

Religião que separa

A Antropologia desenvolveu uma área de estudo da religião, na qual se especulou sobre as origens e funções da religião. O antropólogo John Lubbock apresentou no seu livro um esquema evolutivo da religião: do ateísmo, passa-se para o xamanismo, o antropomorfismo, o monoteísmo e finalmente para o monoteísmo ético, e com o passar do tempo cada povo foi se adaptando a religião que mais lhe agradava.

Independente da religião de cada um de nós existe algo em comum: a fé. Muitas correntes atribuem diversos nomes e denominações a Deus. Contudo, a religião também separa as pessoas de uma mesma sociedade de algo tão importante que é a fé.
Ela, com seus princípios, visões e dogmas, nos limita e limita os outros que não seguem tais princípios. Hoje em dia, a religião se faz comparar com um time de futebol. Há torcidas organizadas, desavença, rivalidade.
Causa também o retrocesso racional, provocando a falta de formação profissional, estimulando a preguiça e a especialização, estimula o ódio, dizendo que se deve matar os inimigos de Alah, promovendo a violência, utiliza do charlatanismo, enganando e se aproveitando de seus "fieis" para ganhar dinheiro. EX: "Macedo" e ainda promove a homofobia, pois se aproveitam de bases religiosas para propor uma discriminação contra o que não é "normal" ou não segui os padrões divinos.

Acima de tudo, há um Deus que cuida de cada um de nós. Mesmo quem não acredite, mesmo que tenham outro nome pra ele. Independente do rótulo, respeitar as diferenças é a principal forma para se obter a tão desejada paz. A fé, nada mais é do que o exercício contínuo do bem.



Etnocentrismo



Etnocentrismo é um conceito antropológico, que ocorre quando um determinado individuo ou grupo de pessoas, que têm os mesmos hábitos e caráter social, discrimina outro, julgando-se melhor,ou pior, seja por causa de sua condição social, pelos diferentes hábitos ou manias, ou até mesmo por uma diferente forma de se vestir. 












Uma visão etnocêntrica demonstra, por vezes, desconhecimento dos diferentes hábitos culturais, levando ao desrespeito, depreciação e intolerância por quem é diferente, originando em seus casos mais extremos, atitudes preconceituosas, radicais e xenófobas.
















Alguns exemplos de etnocentrismo estão relacionados ao vestuário. Um deles é o hábito indígena de vestir pouca ou nenhuma roupa; e outro caso é o uso do kilt (uma típica saia) pelos escoceses. São duas situações que podem ser tratadas com alguma hostilidade ou estranheza por quem não pertence àquelas culturas.









O etnocentrismo, dessa forma, trata-se de uma visão que toma a cultura do outro, como algo menor, sem valor, errado, primitivo, está, certamente, entre as principais causas da intolerância internacional e da xenofobia.

Visão social com o "diferente"

Relação social é a diferença entre o indivíduo em conjunto e unidade, onde os dois sentidos interligam-se na lógica de que para individualizar é necessário um coletivo. Dessa forma eu apenas existo a partir do outro, da visão do outro, o que me permite também compreender o mundo a partir de um olhar diferenciado, partindo do diferente quanto de mim mesmo, sensibilizado que estou pela experiência do contato. Uma das formas de visão social é a exclusão que se define por uma situação de varias dimensões sociais, é o não ser, não estar, não fazer, não criar, não saber e não ter. Porém, Aristóteles, Platão e Sócrates não concordaram que a exclusão social possa implicar na privação e abranger a ausência de cidadania, o correto é praticar o respeito pela cidadania, participação plena na sociedade nos níveis cultural, social, econômico, político e ambiental.

Xenofobia

Por definição, xenofobia é o medo irracional a estrangeiros, e a tudo que os acompanha.
Falta de respeito a cultura, crítica ao diferente e a não aceitação do que é novo, são algumas características marcantes da xenofobia.
Para a filosofia, o respeito, muda a vida e o modo de enxergar as coisas, e faz com que aceitemos o fato de que os seres humanos se enriquecem mutuamente, compreendendo assim, as diferenças de cada um, tendo o respeito como uma forma de compromisso individual e coletivo.




Platão prezava pela justiça, definindo-a então como  a vontade de escolha do cidadão de exercer as funções que de sua vontade perante a sociedade.

Sócrates dizia que sua sabedoria era limitada à sua própria ignorância. Segundo ele, a verdade, escondida em cada um de nós, só é visível aos olhos da razão.


Já para Aristóteles, o que precisamos, a fim de viver bem, é uma apreciação adequada da maneira em que os bens tais como a amizade, o prazer, a virtude, a honra e a riqueza se encaixam como um todo. Para aplicar esse entendimento geral para casos particulares, devemos adquirir, através de educação adequada e hábitos, a capacidade de ver, em cada ocasião, qual curso de ação é mais bem fundamentada. Portanto, a sabedoria prática, como ele a concebe, não pode ser adquirida apenas ao aprender regras gerais, também deve ser adquirida através da prática. E essas habilidades deliberativas, emocionais e sociais é que nos permitem colocar nossa compreensão geral de bem-estar em prática em formas que são adequados para cada ocasião.


O melhor exemplo da ação xenofóbica, é representada pelo nazismo, onde seu líder Adolf  Hitler não gostava de judeus , além do ódio contra outras etnias, Hitler também defendia o extermínio de testemunhas de Jeová e homossexuais. E comunistas, é claro. 









Hitler ainda instaurou uma política de repreensão contra seus opositores: os líderes comunistas foram presos em campos de concentração e, posteriormente, executados. Sua primeira medida como ditador foi a execução de milhares de judeus, comunistas, homossexuais, negros e outros nos campos de concentração.








https://www.youtube.com/watch?v=tMCIgV4xu7Y   Vídeo sobre o Nazismo.

Mudança cultural: O novo sempre vem!


A mudança cultural é um fenômeno que se produz intensamente nas atuais sociedades. Ela é o resultado dessa convivência e a prova do progresso, o qual atesta o carácter não estático das culturas, que evoluem ao longo do tempo, fazendo a História dos povos.
O aumento ou diminuição das populações, as migrações, os contatos com povos e culturas diferentes, as inovações científicas e tecnológicas, as catástrofes, as depressões econômicas, as descobertas, as mudanças violentas de governos etc podem exercer especial influência.
Heráclito, era o pensador do devir, do vir a ser, que pensava mudança, nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio pois na segunda não somos os mesmos e nem o rio é o mesmo. Heráclito pregava que o tempo inteiro estamos mudando e se a cultura é uma expressão humana, a cultura também muda sem parar.